Bella está grávida do homem que ama loucamente, mas corre risco de vida por estar gerando um ser ainda desconhecido para eles. No entanto, como toda mãe leoa e apaixonada, adora a ideia de ter uma miniatura de Edward e assim, esse amor triplica. Menos para Edward.
Estamos no século XXI e ainda somos criadas para tirar essa situação de letra, os homens ainda são criados como Peter Pan. O mais cruel é que são mulheres quem os criam assim! Tudo bem. Vamos por partes.
Um pouco além da situação do livro, vemos um homem com medo de ser pai, o que geralmente ocorre. Além desse medo, existe a difícil situação de ter que dividir a mulher com outro (a), se for um carinha...o bicho pega! Porque ainda que a criança tenha muito à ver com o pai por ser do mesmo sexo (gostos semelhantes, futebol, blá, blá, blá), ele é um cara que está tocando na mulher alheia, requisitando-a e exigindo tanta atenção que consome maior parte do dia. E o pai, não pensou em dividir nada, e o cabuloso da história é que ela adora!!!
E agora José?
Claro que no livro, a preocupação é a vida de Bella e consequentemente, a luta angustiante de Edward para salvá-la e entender tudo isso. No fim tudo se resolve é claro, pois, estamos falando de um romance com final feliz e mais ainda, de superações.
Mas, se observarmos, a autora faz essa ligação entre ficção e realidade sobre o comportamento da maioria dos homens. Percebemos, que essas situações são extremamente complicadas para o cidadão admitir seus medos que entram em choque conflitando com suas necessidades, isso realmente...é coisa pra macho.
Nossas relações tornam-se cada vez mais complexas, distanciadas, ao ponto de desejarmos um homem como Edward, esse homem que está à nossa volta procurando auxiliar em tudo, ainda que doa, ainda que tenha medo até que possa entender o novo.
Para muitos homens o filho é um intruso, aquele que consome sua mulher, seu tempo, seu sono, sua paciência e seu dinheiro. Não é um quadro tão bonito quando apresentado desta maneira, mas é real e já tornou-se padrão.
Como mulher, desejamos uma pessoa que enxergue esse nascimento com nossos olhos, porque para nós é muito natural. Percebemos a tensão que vai sendo gerada no decorrer do processo, que na maioria das vezes é traumático, desagradável e consequentemente, gerador de muitos conflitos. O pai se afasta com a desculpa de precisar ganhar mais dinheiro para a família, assim, a responsabilidade da educação, atenção e cuidados com o filho, fica para a mãe, a relação fica fragmentada, reduzida à pequenos momentos de satisfação e alegria.
A participação de um novo integrante nesse jogo da vida que para nós mulheres tem tanto valor é eclipsado pelo medo de ambos: um com a descoberta do egoísmo o outro com a insegurança.
A continuidade da relação de amor, que no prncípio existia só será possível e prazerosa com a honesta participação do outro para que realmente tenhamos finais felizes em nossas relações. Não parece tão difícil...não é?φ